O ano passado representou um ano de riscos e oportunidades para o mercado financeiro. A guerra na Europa e a preocupação com a inflação marcaram os investidores que precisaram aprender a lidar com um mar de incertezas.
Neste conteúdo, você relembrará quais foram essas incertezas, os principais acontecimentos do ano passado, e quais são as principais tendências do mercado financeiro para 2023.
Assim, você irá se antecipar e começar o ano investindo com mais sabedoria. É só continuar lendo.
Retrospectiva 2022: principais acontecimentos.
O ano começou com a retomada das atividades econômicas em todo o mundo após a vacinação em massa contra a COVID-19. A demanda por bens disparou, mas a oferta não conseguiu suprir com a mesma rapidez, o que resultou no primeiro choque inflacionário.
O segundo choque veio com a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro. A guerra desencadeou o aumento dos preços dos derivados do petróleo, gás de cozinha e combustíveis, de modo a impactar o custo da energia no mercado internacional.
A partir daí, vários indicadores apontaram uma possível recessão nos países desenvolvidos. Com isso, os investidores ficaram alarmados ao menor dos sinais de que a economia global estava à beira do precipício.
Tanto os Estados Unidos quanto a Europa atingiram seus recordes de inflação e precisaram elevar as taxas de juros.
O Brasil também registrou recorde de inflação (a maior em 28 anos), mas iniciou seu processo de subida de juros antes dos países desenvolvidos e terminou o ano com a taxa Selic em 13,75% e com uma das disputas presidenciais mais acirradas da história.
Felizmente, contrariando as previsões da maioria dos especialistas, o PIB cresceu acima do esperado, a inflação encerrou 2022 em baixa e o real foi uma das poucas moedas que se valorizou frente ao dólar.
O que esperar de 2023?
Especialistas do mercado financeiro acreditam que 2023 continuará sendo um ano desafiador para os Estados Unidos, que deve enfrentar uma recessão leve, e para a Europa que, por sua, vez deve enfrentar uma recessão profunda, principalmente em decorrência das tensões geopolíticas persistentes na Ucrânia.
Para o Brasil, os analistas possuem previsões mais otimistas, visto que estamos longe das tensões geopolíticas, nos beneficiamos dos altos preços das commodities e da reabertura da China.
Quais são as tendências para o mercado financeiro em 2023?
Ter conhecimento das tendências do mercado financeiro é uma forma de entender o que os investidores estão fazendo agora e o que eles podem fazer no futuro. Desse modo, você se antecipa com mais sabedoria.
Com isso, as 3 principais tendências para 2023 são:
- Número de empresas ESGs deve crescer
ESG significa um conjunto de padrões e boas práticas que visam definir se uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada. O termo é uma abreviação do inglês: “Environment, Social & Governance”.
Com o passar dos anos, principalmente após a pandemia do COVID-19, as pessoas estão exigindo cada vez mais que as empresas atuem para o bem-estar geral da comunidade, adotando melhores práticas ambientais, sociais e de governança.
- Ativos de renda fixa possivelmente continuarão atrativos
Com as taxas de juros em alta tanto no Brasil quanto nos países desenvolvidos, os títulos de renda fixa devem continuar atrativos.
No entanto, diversificação sempre será a chave, porque toda vez que os juros sobem os investidores tendem a fugir para a renda fixa. No entanto, como consequência, as ações na Bolsa de Valores caem – o que também pode representar uma oportunidade de compra, principalmente para o investidor de renda variável interessado em investir para o longo prazo.
- O número de investidores deve aumentar
Como mencionado anteriormente, ainda que a renda fixa se torne uma das queridinhas dos investidores em 2023, as ações brasileiras também devem ficar atrativas.
Segundo o relatório Onde Investir 2023 da XP investimentos, o Prêmio de Risco, que compara rendimento de renda variável com as taxas de juros reais, mostra que as ações brasileiras estão baratas, mesmo considerando o alto nível das taxas de juros locais.
Além disso, a B3 bateu recorde e encerrou 2022 com quase 6 milhões de contas de investimento abertas em corretoras no Brasil para investir em renda variável.
Uma alta de 895% comparada a quantidade de contas nos últimos 10 anos. Os dados reforçam que o interesse das pessoas pela Bolsa de Valores tem aumentado com o passar do tempo.
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