Nos últimos anos, os investimentos high yield têm chamado a atenção de investidores em busca de retornos maiores. Embora o termo em inglês possa assustar em um primeiro momento, o conceito é simples e fácil de entender.

E não estamos exagerando. Em tradução livre, high yield significa “alto rendimento” e esse é justamente o conceito. O termo se refere a ativos que oferecem rendimentos acima da média, especialmente quando comparados a outros tipos de investimentos, como, por exemplo, títulos públicos.

A modalidade tem atraído muitos investidores em busca de boas oportunidades e interessados em diversificar suas carteiras. Mas, atenção: nem tudo são flores! O lucro vem acompanhado do risco – que é elevado –, já que há a possibilidade de os emissores dos títulos não cumprirem com seus compromissos.

O que são e como funcionam os investimentos high yield?

Os investimentos high yield ocupam uma cadeira importante no mercado financeiro, especialmente entre os investidores com um perfil mais arrojado – e que estão dispostos, muitas vezes, a enfrentar e a assumir mais riscos em busca de retornos maiores.

Na prática, os títulos que se enquadram na categoria são aqueles que proporcionam um retorno elevado em relação a outros ativos disponíveis no mercado e possuem baixa liquidez. O principal critério para um título ser considerado high yield, no entanto, é a sua nota de risco de crédito, também conhecida como rating.

Seguindo a lógica, um ativo que possui rating abaixo de determinado patamar, de acordo com uma agência de risco, é classificado como high yield. Para chegar a essa categorização, o mercado observa diversos fatores, como: volatilidade, situação operacional e financeira do emissor do título, índices de liquidez, localização, histórico de calotes, situação política e econômica do país, entre outros.

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É importante lembrar, ainda, que eles são, geralmente, emitidos por empresas menores ou de setores emergentes, que desejam captar recursos rapidamente, ou por companhias já consolidadas, mas com níveis elevados de endividamento. Exemplos de investimentos high yield incluem:

• Ações;
• CDBs;
• CRIs e CRAs com alto risco de crédito;
• LCIs e LCAs com alto risco de crédito;
• Debêntures;
• Fundos de renda fixa;
• Fundos multimercado; e
• FIIs de papel.

Vale a pena investir em títulos high yield?

Os investimentos high yield têm natureza especulativa e, portanto, costumam ser mais sensíveis e voláteis. Ainda assim, muitos investidores veem neles uma oportunidade para aumentar sua rentabilidade em menos tempo, especialmente em um ambiente de baixas taxas de juros.

Os ativos high yield são também uma opção para quem deseja diversificar a carteira de investimentos, funcionando bem como um contrapeso para ativos mais conservadores. E por que isso é importante? Simples: uma carteira diversificada tende a ser mais resistente às flutuações de mercado e aos períodos de instabilidade.

No entanto, até mesmo os investidores mais experientes precisam ter cautela. Isso porque, o maior risco desses ativos é, justamente, a possibilidade de inadimplência ou de perda do capital investido, uma vez que as empresas que emitem títulos de alta rentabilidade têm, geralmente, uma saúde financeira mais frágil.

Outro ponto de atenção é a liquidez. Muitos ativos high yield podem ter menor liquidez, o que significa que o investidor pode enfrentar dificuldades para vendê-los rapidamente sem sacrificar parte do valor. Portanto, é essencial estar preparado.

Contar com o apoio de profissionais especializados pode ser essencial nesse processo. Consultores de investimentos ou assessores financeiros estão a par das movimentações do mercado e aptos a criarem uma estratégia de investimento equilibrada.

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